2 de nov. de 2010

Sou o pecado
E o abismo.
O medo profanado,
A doce escuridão,
O veneno mais sagrado
bebido com paixão.

Sou o prazer desmedido,
O desejo na veia,
O gozo enlouquecido
Da aranha na teia.

Sou o segredo
Entre quatro paredes,
A fome e a sede,
Sou o sangue, a vítima
E o algoz, sou a que
Fala sem voz.

Sou a devassidão,
A loucura e o
Ímpio coração,
Sou a mancha
E a mácula no
Colchão.

Sou o vento e a destruição,
O olho do furacão,
A negra lua, a mulher
Nua sem redenção.
Sou a serpente e o
Leão. Sou a ousadia,
Sou a atrevida,
Sou um anjo caído
E cheio de vida.



       Desconheço a autoria 



Sou a que dança entre o abismo,gargalhando,dançando...espantando as tristezas,a agonia,renascendo como a fénix que renasce dia após dia...
Sou apenas eu mesma,minha própria alquimista...

Dança da escrava recém encoleirada

Dalia escuta o som da música e caminha vagarosamente até o centro do recinto, coração em descompasso, corpo tremulo, mistura de sensações ...